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Assistir Malasartes e o Duelo com a Morte (2015) Online
Malasartes e o Duelo com a Morte Dublado
Ano de produção: 2015
Nacionalidade: Brasil
Duração: 1h50min
Direção: Paulo Morelli
Áudio: Português
SINOPSE :
No país do jeitinho, a imagem do malandro é intrínseca à cultura brasileira, com características que variam dependendo das peculiaridades de cada local. Pedro Malasartes é uma de suas personificações clássicas, síntese do matuto ingênuo de bom coração que, sempre que possível, aplica pequenos golpes para ganhar uns trocados - nada que resulte em danos físicos às vítimas, é bom ressaltar. Interpretado por ninguém menos que Mazzaropi em As Aventuras de Pedro Malazartes - isso mesmo, com Z -, o personagem ganha agora nova versão, recauchutado de forma a atrair o público mais jovem sem deixar de lado sua essência.
Malasartes e o Duelo com a Morte - FotoDesta forma, a versão século XXI não só traz Malasartes aplicando golpes clássicos do repertório interiorano como, também, busca atrair a partir dos muitos - e nem sempre necessários - efeitos especiais. Tal situação busca uma junção entre o clássico e o moderno, que nem sempre funciona bem não propriamente pela coexistência, mas pelo que cada um representa: o cotidiano e o fantástico. É nesta mistura que o filme apresenta uma nítida irregularidade, não só narrativa mas também pelo lado da diversão.
Muito porque o trecho do cotidiano, onde o universo de Malasartes é situado, é muito melhor que o estrelado pela Morte e seus asseclas. Com Jesuíta Barbosa inspirado na composição do protagonista, o filme diverte a partir de um humor ingênuo que, além dos breves golpes e fugas atabalhoadas, conta ainda com um elenco afiado: Milhem Cortaz e Ísis Valverde estão muito bem, trazendo carisma a personagens absolutamente estereotipados que, apesar disto, servem bem à história proposta. Além disto, o filme conta com um inspiradíssimo Augusto Madeira como Zé Candinho, que lhe oferece a oportunidade não só de criar uma persona típica do interior como, ainda, alternar emoções no decorrer da trama.
Por outro lado, os personagens do universo fantástico são apenas corretos - e, em certos casos, mal fundamentados. É o caso da Morte interpretada por um escancaradamente vilanesco Júlio Andrade e ainda das Parcas, sem grande função na trama. Recheado de efeitos especiais e um apuro maior nos cenários e na direção de arte, a imersão por este universo oferece um interesse maior pelo lado visual do que propriamente narrativo, até porque é neste ambiente que o roteiro perde o humor demonstrado até então e dá voltas desnecessárias. Há também um certo exagero na opulência dos efeitos especiais, uma decisão claramente tomada mais de olho no público-alvo do que propriamente pelas necessidades da história.
Malasartes e o Duelo com a Morte - FotoApesar da irregularidade nas idas e vindas entre os mundos real e fantástico, ainda assim Malasartes e o Duelo com a Morte é um filme divertido, que entrega bons momentos. Muito graças à qualidade do elenco, em especial a capacidade de Jesuíta Barbosa na alternância de expressões faciais em questão de segundos, o que ajuda bastante na composição deste personagem que, obrigatoriamente, precisa conciliar ingenuidade e esperteza. Como revés, há também um Leandro Hassum bastante infantilizado e um didatismo exagerado a partir da repetição do mantra em torno do tal duelo entre Malasates e a morte. Por mais que não tenha atingido todo o potencial possível, devido aos excessos visuais que resultaram em problemas de coesão, trata-se de um bom filme que, ainda por cima, comprova a possibilidade de um cinema comercial no Brasil baseado na cultura popular, sem ser dependente de nomes famosos da televisão ou do música.
Malasartes e o Duelo com a Morte - FotoDesta forma, a versão século XXI não só traz Malasartes aplicando golpes clássicos do repertório interiorano como, também, busca atrair a partir dos muitos - e nem sempre necessários - efeitos especiais. Tal situação busca uma junção entre o clássico e o moderno, que nem sempre funciona bem não propriamente pela coexistência, mas pelo que cada um representa: o cotidiano e o fantástico. É nesta mistura que o filme apresenta uma nítida irregularidade, não só narrativa mas também pelo lado da diversão.
Muito porque o trecho do cotidiano, onde o universo de Malasartes é situado, é muito melhor que o estrelado pela Morte e seus asseclas. Com Jesuíta Barbosa inspirado na composição do protagonista, o filme diverte a partir de um humor ingênuo que, além dos breves golpes e fugas atabalhoadas, conta ainda com um elenco afiado: Milhem Cortaz e Ísis Valverde estão muito bem, trazendo carisma a personagens absolutamente estereotipados que, apesar disto, servem bem à história proposta. Além disto, o filme conta com um inspiradíssimo Augusto Madeira como Zé Candinho, que lhe oferece a oportunidade não só de criar uma persona típica do interior como, ainda, alternar emoções no decorrer da trama.
Por outro lado, os personagens do universo fantástico são apenas corretos - e, em certos casos, mal fundamentados. É o caso da Morte interpretada por um escancaradamente vilanesco Júlio Andrade e ainda das Parcas, sem grande função na trama. Recheado de efeitos especiais e um apuro maior nos cenários e na direção de arte, a imersão por este universo oferece um interesse maior pelo lado visual do que propriamente narrativo, até porque é neste ambiente que o roteiro perde o humor demonstrado até então e dá voltas desnecessárias. Há também um certo exagero na opulência dos efeitos especiais, uma decisão claramente tomada mais de olho no público-alvo do que propriamente pelas necessidades da história.
Malasartes e o Duelo com a Morte - FotoApesar da irregularidade nas idas e vindas entre os mundos real e fantástico, ainda assim Malasartes e o Duelo com a Morte é um filme divertido, que entrega bons momentos. Muito graças à qualidade do elenco, em especial a capacidade de Jesuíta Barbosa na alternância de expressões faciais em questão de segundos, o que ajuda bastante na composição deste personagem que, obrigatoriamente, precisa conciliar ingenuidade e esperteza. Como revés, há também um Leandro Hassum bastante infantilizado e um didatismo exagerado a partir da repetição do mantra em torno do tal duelo entre Malasates e a morte. Por mais que não tenha atingido todo o potencial possível, devido aos excessos visuais que resultaram em problemas de coesão, trata-se de um bom filme que, ainda por cima, comprova a possibilidade de um cinema comercial no Brasil baseado na cultura popular, sem ser dependente de nomes famosos da televisão ou do música.
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