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Three Billboards Outside Ebbing, Missouri Dublado
Ano de produção: 2017
Nacionalidade: Reino unido, Eua
Duração: 1h55min
Direção: Martin McDonagh
Áudio: Português
SINOPSE :
Mildred Hayes. Guardem esse nome. Seria lindo se, num futuro não muito distante, o rosto de Frances McDormand na pele da personagem fosse estampado em canecas, camisetas e afins, cultuado como um ícone do cinema... indie (na falta de uma palavra melhor) - tal qual o Jeffrey "the dude" Lebowski (Jeff Bridges), do filme dos irmãos Coen.
Não que sejam papéis parecidos (nem de longe), mas ambos guardam uma força magnética (e um tanto surrealista) digna de admiração. O trabalho que a atriz faz em Three Billboards Outside Ebbing, Missouri (que título, minha gente, que título!) é simplesmente inesquecível.
O nome do novo filme do diretor Martin McDonagh (Na Mira do Chefe, de 2008) é quase um storyline. Ou, pelo menos, um gatilho para a ação. Os três outdoors que beiram a estrada por onde quase ninguém passa na cidade de Ebbing, no Missouri, Estados Unidos, foram alugados por Mildred.
Eles estampam mensagens que questionam a preguiçosa polícia local (em especial o xerife Bill Willoughby, vivido por Woody Harrelson) a respeito das investigações da morte da filha dela, estuprada enquanto era assassinada. Ocorrido há sete meses, na linha cronológica do filme, o caso continuava sem "novidades".
O tema é pesado, mas pontuado por um poderoso humor negro - mais uma característica, aliás, da obra dos irmãos Ethan e Joel Coen (de quem, aliás, McDormand é esposa). A comparação é inevitável, mas não quer dizer que Three Billboards... não caminhe com as próprias pernas.
A partir de uma ideia bem simples, o roteiro, original, assinado pelo diretor, encadeia uma série de sequências tão absurdas, como surpreendentes. Mas elas só se tornam críveis porque são executadas por personagem ricos, que fogem do maniqueísmo do mocinho(a)/ vilão. Alguns deles, que parecem se conhecer há séculos, por sinal, desde já, mereciam um spin-off.
Do agridoce Willoughby (Harrelson), passando pelo policial desmiolado Jason Dixon (Sam Rockwell, uma revelação, se é que se pode pôr nestes termos), até o exibicionista Charlie (John Hawkes), ex-marido de Mildred, há todo um substrato psicológico na construção desses coadjuvantes, que instigam o espectador a querer saber mais deles.
Mas o grande destaque é mesmo Mildred Hayes/ Frances McDormand. Concebida como uma mulher durona, implacável, ora vulgar e, ainda assim, justa e, até certo ponto, amorosa, trata-se de um personagem nada óbvio. E estranhamente cativante. Na boca da atriz, o texto flui de maneira assustadoramente natural. Por trás das rugas de McDormand, é possível compreender cada sentimento pelo qual Mildred passa. Ainda que não o expresse verbalmente.
Produção mais “madura” da carreira de Martin McDonagh, Three Billboards... é um divertido faroeste contemporâneo. Um conto de vingança que tangencia a hipocrisia de uma cidade pequena, mas que tem a generosidade de deixar o julgamento moral para o público. Diretor também de Sete Psicopatas e um Shih Tzu (2012), McDonagh deveria diminuir o intervalo entre seus filme. Ou não.
Não que sejam papéis parecidos (nem de longe), mas ambos guardam uma força magnética (e um tanto surrealista) digna de admiração. O trabalho que a atriz faz em Three Billboards Outside Ebbing, Missouri (que título, minha gente, que título!) é simplesmente inesquecível.
O nome do novo filme do diretor Martin McDonagh (Na Mira do Chefe, de 2008) é quase um storyline. Ou, pelo menos, um gatilho para a ação. Os três outdoors que beiram a estrada por onde quase ninguém passa na cidade de Ebbing, no Missouri, Estados Unidos, foram alugados por Mildred.
Eles estampam mensagens que questionam a preguiçosa polícia local (em especial o xerife Bill Willoughby, vivido por Woody Harrelson) a respeito das investigações da morte da filha dela, estuprada enquanto era assassinada. Ocorrido há sete meses, na linha cronológica do filme, o caso continuava sem "novidades".
O tema é pesado, mas pontuado por um poderoso humor negro - mais uma característica, aliás, da obra dos irmãos Ethan e Joel Coen (de quem, aliás, McDormand é esposa). A comparação é inevitável, mas não quer dizer que Three Billboards... não caminhe com as próprias pernas.
A partir de uma ideia bem simples, o roteiro, original, assinado pelo diretor, encadeia uma série de sequências tão absurdas, como surpreendentes. Mas elas só se tornam críveis porque são executadas por personagem ricos, que fogem do maniqueísmo do mocinho(a)/ vilão. Alguns deles, que parecem se conhecer há séculos, por sinal, desde já, mereciam um spin-off.
Do agridoce Willoughby (Harrelson), passando pelo policial desmiolado Jason Dixon (Sam Rockwell, uma revelação, se é que se pode pôr nestes termos), até o exibicionista Charlie (John Hawkes), ex-marido de Mildred, há todo um substrato psicológico na construção desses coadjuvantes, que instigam o espectador a querer saber mais deles.
Mas o grande destaque é mesmo Mildred Hayes/ Frances McDormand. Concebida como uma mulher durona, implacável, ora vulgar e, ainda assim, justa e, até certo ponto, amorosa, trata-se de um personagem nada óbvio. E estranhamente cativante. Na boca da atriz, o texto flui de maneira assustadoramente natural. Por trás das rugas de McDormand, é possível compreender cada sentimento pelo qual Mildred passa. Ainda que não o expresse verbalmente.
Produção mais “madura” da carreira de Martin McDonagh, Three Billboards... é um divertido faroeste contemporâneo. Um conto de vingança que tangencia a hipocrisia de uma cidade pequena, mas que tem a generosidade de deixar o julgamento moral para o público. Diretor também de Sete Psicopatas e um Shih Tzu (2012), McDonagh deveria diminuir o intervalo entre seus filme. Ou não.
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