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Assistir A Câmera de Claire (2017) Online
La Caméra de Claire Dublado
Ano de produção: 2017
Nacionalidade: França, Coréia do sul
Gênero: Drama / Novos Filmes
Duração: 1h09min
Direção: Sang-soo Hong
Áudio: Português
SINOPSE :
A experiência de assistir a um filme dirigido por Hong Sang-Soo costuma levar a debates que giram, quase sempre, em torno da figura do diretor. O sul-coreano se tornou uma figura amada ou odiada por desenvolver, filme após filme, a mesma cartilha cinematográfica, com os mesmos recursos e temáticas. Cada “novo Hong San-Soo” que chega aos cinemas desperta elogios e críticas semelhantes. Pode-se dizer que o cineasta desempenha muito bem o projeto minimalista a que se propõe, mas dificilmente apresenta ambições de inovação.
Este texto não consegue fugir à regra: A Câmera de Claire segue a trajetória imperturbável do autor. Seria inútil descrever a sinopse completa, pois o que realmente chama a atenção é a beleza dos enquadramentos fixos, o uso preciso do zoom que, além de aproximar, constrói planos-dentro-do-plano, mudando o ponto de vista e a composição da imagem. É encantadora a paixão por pessoas desajustadas, que caminham pelas ruas ou conversam num café. Durante a maior parte da projeção, temos apenas duas pessoas em quadro, paradas nos terços exatos do enquadramento, iluminadas por luz natural e sem trilha sonora.
As solitárias da vez são Isabelle Huppert, no papel de uma professora com aspirações a poeta, e Kim Min-Hee, como uma distribuidora cinematográfica com aspirações a compositora musical. Ambas são artistas frustradas, ou apenas artistas amadoras, algo que o filme retrata com carinho ímpar. A câmera do título corresponde a uma máquina fotográfica com a qual Claire (Huppert) faz retratos pouco sofisticados, mas capazes de mudar a pessoa fotografada, de acordo com a personagem. A ideia de que a representação transforma o elemento representado geraria bons debates filosóficos, porém o projeto prefere o conceito como imagem lúdica ao invés de convite à reflexão.
Em meio aos tons naturalistas, o roteiro consegue embutir um triângulo amoroso nada verossímil, despertando um contraste curioso com a aparência semidocumental. O estilo das atrizes gera uma fricção interessante: enquanto Min-Hee faz a garota tímida e encantadora, como de costume, Huppert investe numa personagem histriônica, com os braços agitados no ar e a cabeça em torções inquisidoras. O confronto entre o natural e o artificial permeia toda a obra – assim como as demais de Hong Sang-Soo – porém sem abalar a rígida linearidade da trama. Para o cineasta, é mais importante ser limpo, pequeno, básico, do que propriamente instigante.
O resultado é satisfatório, tanto quanto se acostumou a esperar de qualquer outra obra-irmã do cineasta. Desta vez, pelo fato de as personagens se comunicarem em o inglês, língua que nenhuma das duas domina, os diálogos são ainda mais triviais, pobres em termos de linguagem. “Que tempo bonito, hoje, não?”. “A sua voz é muito bonita. A sua também” é o tipo de interação que domina a integralidade da narrativa. A Câmera de Claire pode servir de importante contraponto ao cinéfilo acostumado com produções velozes saturadas de cores, intervenções, recursos. O resultado se contenta em ser pouco, muito pouco. Às vezes, pouco demais.
Este texto não consegue fugir à regra: A Câmera de Claire segue a trajetória imperturbável do autor. Seria inútil descrever a sinopse completa, pois o que realmente chama a atenção é a beleza dos enquadramentos fixos, o uso preciso do zoom que, além de aproximar, constrói planos-dentro-do-plano, mudando o ponto de vista e a composição da imagem. É encantadora a paixão por pessoas desajustadas, que caminham pelas ruas ou conversam num café. Durante a maior parte da projeção, temos apenas duas pessoas em quadro, paradas nos terços exatos do enquadramento, iluminadas por luz natural e sem trilha sonora.
As solitárias da vez são Isabelle Huppert, no papel de uma professora com aspirações a poeta, e Kim Min-Hee, como uma distribuidora cinematográfica com aspirações a compositora musical. Ambas são artistas frustradas, ou apenas artistas amadoras, algo que o filme retrata com carinho ímpar. A câmera do título corresponde a uma máquina fotográfica com a qual Claire (Huppert) faz retratos pouco sofisticados, mas capazes de mudar a pessoa fotografada, de acordo com a personagem. A ideia de que a representação transforma o elemento representado geraria bons debates filosóficos, porém o projeto prefere o conceito como imagem lúdica ao invés de convite à reflexão.
Em meio aos tons naturalistas, o roteiro consegue embutir um triângulo amoroso nada verossímil, despertando um contraste curioso com a aparência semidocumental. O estilo das atrizes gera uma fricção interessante: enquanto Min-Hee faz a garota tímida e encantadora, como de costume, Huppert investe numa personagem histriônica, com os braços agitados no ar e a cabeça em torções inquisidoras. O confronto entre o natural e o artificial permeia toda a obra – assim como as demais de Hong Sang-Soo – porém sem abalar a rígida linearidade da trama. Para o cineasta, é mais importante ser limpo, pequeno, básico, do que propriamente instigante.
O resultado é satisfatório, tanto quanto se acostumou a esperar de qualquer outra obra-irmã do cineasta. Desta vez, pelo fato de as personagens se comunicarem em o inglês, língua que nenhuma das duas domina, os diálogos são ainda mais triviais, pobres em termos de linguagem. “Que tempo bonito, hoje, não?”. “A sua voz é muito bonita. A sua também” é o tipo de interação que domina a integralidade da narrativa. A Câmera de Claire pode servir de importante contraponto ao cinéfilo acostumado com produções velozes saturadas de cores, intervenções, recursos. O resultado se contenta em ser pouco, muito pouco. Às vezes, pouco demais.
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