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Assistir Os Invisíveis (2018) Online
The Invisibles Dublado
Ano de produção: 2017
Nacionalidade: Alemanha
Duração: 1h50min
Direção: Claus Räfle
Áudio: Português
SINOPSE :
A invisibilidade é um mal extremamente danoso quando indesejada e uma espécie de superpoder quando alcançada deliberadamente. Os Invisíveis, de Claus Räfle, trata desse segundo tipo, adotando um formato não tão usual para impedir que seus protagonistas, reais, caiam no fosso do primeiro. Docudrama com proeminência da parte ficcional, o longa apresenta quatro histórias de sobrevivência judaica na Alemanha antissemita comandada por Adolf Hitler e o Partido Nazista.
Hanni Lévy (Alice Dwyer), Cioma Schönhaus (Max Mauff), Eugen Friede (Aaron Altaras) e Ruth Arndt (Ruby O. Fee) resistem à perseguição e, muitas vezes salvos pela bondade de estranhos, escapam das viagen sem volta aos campos de concentração. As estratégias são diversas: Hanni tinge o cabelo, Cioma é bom de falsificação, Eugen tem contatos e Ruth dá sorte. Estão todos no fim da adolescência, ainda totalmente apegados aos pais e dependentes deles - quando vivos -, mas são vividos por atores entre 20 e 30 anos que não aparentam menos.
Sem estar presa à imitação totalmente crível e narrativa imersiva, a encenação é apenas parte do todo, constituído também por depoimentos dos retratados, já idosos, e imagens de arquivo das ruas alemãs no início dos anos 40. Ou seja, além da fragmentação da trama, que a cada momento dedica-se a um dos personagens principais, há essa transição frequente e nada fluída de registros, do texto branco na tela preta ao drama cinematográfico, da entrevista gravada em vídeo às cenas jornalísticas em preto e branco, que impede o espectador de "entrar" por completo no universo projetado na tela. Claro que o cinema do distanciamento é possível e a consciência do dispositivo pode ser instigada, mas as experiências contadas em Os Invisíveis têm a enorme carga emocional diminuída pelo formato do projeto, o que leva à conclusão que a mistura de gêneros não foi a melhor escolha que o cineasta Claus Räfle poderia ter feito, afinal o aspecto documental prejudica o ficcional, e vice-versa.
A montagem insere os depoimentos nos momentos mais apreensivos das sagas, minando qualquer desenvolvimento de tensão e transformando a dramatização numa mera ilustração elíptica, jamais indutora de sentimentos ou causadora de grande impressão. Tampouco há equilíbrio de tempo de tela na estrutura episódica do extenso longa-metragem. O falsificador Cioma recebe maior atenção do que os demais e Hanni é de longe a menos retratada, permanecendo ao fim o mistério sobre como ela sobreviveu sem teto, parentes ou ajuda, resguardada apenas pelos cabelos descoloridos.
A certa altura o roteiro de Räfle e Alejandra López sugere se aproximar de uma conexão entre os protagonistas a partir da lendária colaboracionista Stella Goldschlag e do cinema como local de importância vital, mas a ideia não chega a ser concluída nas quatro esferas. Os Invisíveis busca apresentar por novo(s) ângulo(s) e discurso(s) uma tragédia que há décadas permanece em pauta na sétima arte e nunca se esgotará. Faz falta aqui, no entanto, a invisibilidade do cineasta limitado como fornecedor para o público, sem o como atrapalhando o que está sendo contado.
Hanni Lévy (Alice Dwyer), Cioma Schönhaus (Max Mauff), Eugen Friede (Aaron Altaras) e Ruth Arndt (Ruby O. Fee) resistem à perseguição e, muitas vezes salvos pela bondade de estranhos, escapam das viagen sem volta aos campos de concentração. As estratégias são diversas: Hanni tinge o cabelo, Cioma é bom de falsificação, Eugen tem contatos e Ruth dá sorte. Estão todos no fim da adolescência, ainda totalmente apegados aos pais e dependentes deles - quando vivos -, mas são vividos por atores entre 20 e 30 anos que não aparentam menos.
Sem estar presa à imitação totalmente crível e narrativa imersiva, a encenação é apenas parte do todo, constituído também por depoimentos dos retratados, já idosos, e imagens de arquivo das ruas alemãs no início dos anos 40. Ou seja, além da fragmentação da trama, que a cada momento dedica-se a um dos personagens principais, há essa transição frequente e nada fluída de registros, do texto branco na tela preta ao drama cinematográfico, da entrevista gravada em vídeo às cenas jornalísticas em preto e branco, que impede o espectador de "entrar" por completo no universo projetado na tela. Claro que o cinema do distanciamento é possível e a consciência do dispositivo pode ser instigada, mas as experiências contadas em Os Invisíveis têm a enorme carga emocional diminuída pelo formato do projeto, o que leva à conclusão que a mistura de gêneros não foi a melhor escolha que o cineasta Claus Räfle poderia ter feito, afinal o aspecto documental prejudica o ficcional, e vice-versa.
A montagem insere os depoimentos nos momentos mais apreensivos das sagas, minando qualquer desenvolvimento de tensão e transformando a dramatização numa mera ilustração elíptica, jamais indutora de sentimentos ou causadora de grande impressão. Tampouco há equilíbrio de tempo de tela na estrutura episódica do extenso longa-metragem. O falsificador Cioma recebe maior atenção do que os demais e Hanni é de longe a menos retratada, permanecendo ao fim o mistério sobre como ela sobreviveu sem teto, parentes ou ajuda, resguardada apenas pelos cabelos descoloridos.
A certa altura o roteiro de Räfle e Alejandra López sugere se aproximar de uma conexão entre os protagonistas a partir da lendária colaboracionista Stella Goldschlag e do cinema como local de importância vital, mas a ideia não chega a ser concluída nas quatro esferas. Os Invisíveis busca apresentar por novo(s) ângulo(s) e discurso(s) uma tragédia que há décadas permanece em pauta na sétima arte e nunca se esgotará. Faz falta aqui, no entanto, a invisibilidade do cineasta limitado como fornecedor para o público, sem o como atrapalhando o que está sendo contado.
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