Melhores Filmes do Mês:

Filmes populares:

Assistir A Última Abolição (2018) Online
A Última Abolição Dublado
Ano de produção: 2018
Nacionalidade: Brasil
Gênero: Documentário / Novos Filmes
Duração: 1h22min
Direção: Alice Gomes
Elenco: atores desconhecidos
Áudio: Português
SINOPSE :
Quem não matou as aulas de História no colégio bem sabe, em 13 de maio de 1888 a Princesa Isabel assinou - com uma pena dourada - a Lei Áurea. Cem anos depois a Unidos de Vila Isabel foi campeã do carnaval carioca com "Kizomba, Festa da Raça", que falava em Zumbi como influenciador da abolição, enquanto a Mangueira, vice-campeã, cantou: Será que já raiou a liberdade? Ou se foi tudo ilusão? Será que a Lei Áurea tão sonhada, há tanto tempo assinada, não foi o fim da escravidão? Hoje, dentro da realidade, onde está a liberdade?. Já no começo deste ano a Paraíso do Tuiuti revelou-se a sensação do desfile das escolas de samba ao apresentar "Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?", com samba de Claudio Russo, Moacyr Luz, Dona Zezé, Jurandir e Aníbal que clama o fim do cativeiro social.
A Última Abolição, documentário da diretora estreante Alice Gomes, não é embalado por tais sambas, mas relembra justamente desses três momentos cruciais na trajetória do negro brasileiro, contando com depoimentos de historiadores, sociólogos, juristas, pesquisadores e filósofos para a destruição de dois mitos: o da Princesa Isabel como “A Redentora” e o da democracia racial no Brasil.
Em sua maioria professores, os depoentes apresentam conteúdo que pouca gente teve na escola (apesar da Lei 11.645), explicando como a assinatura da Áurea foi na verdade o fim inevitável de todo um longo processo, agitado também por pensadores e trabalhadores negros esquecidos; cem anos depois a exclusão ainda era norma na sociedade; e em 2018, ainda que tenham ocorrido avanços, o prognóstico e a realidade estão longe do ideal. Pelo contrário. No entanto, a luta, presente desde antes da partida dos primeiros navios negreiros da África, permanece tão forte quanto.
Com Luciana Barreto como entrevistadora e Jeferson De creditado como supervisor artístico, Alice, branca, conclui um discurso convocatório aos seus semelhantes, conclamando pela voz dos especialistas que a luta contra o racismo não seja exclusiva dos negros. A Última Abolição, de fato, nada de novo oferece em termos de informação aos já engajados e vítimas diárias da marginalização motivada pela cor da pele. O berrante rosa preponderante, os desenhos manipulados com direcionamento da atenção, as fotos de Marc Ferrez, as linhas do tempo e os nomes saltando na tela são estratégias de popularização e sedução destinadas a “segurar” os mais desatentos e desinteressados, assim como são bem acessíveis as análises, tanto históricas quanto jurídicas, da injustiça racial que caracteriza a nação.
Isolados em cenários incomodamente desalentadores, com destroços, vazios e pneus, Sueli Carneiro e outros falam contra a invisibilização de guerreiros nem sempre óbvios do passado e fica no ar o desejo de saber mais sobre as mulheres que constam apenas nos registros policiais, por exemplo, ou uma entrada mais a fundo na polêmica questão da reparação da escravidão, ainda que seja compreensível a opção pelo privilégio às lamentáveis estatísticas de hoje.
Partindo da diáspora e chegando na indefinição de futuro vivenciada atualmente, o documentário abre e fecha com o pioneiro André Rebouças, engenheiro, abolicionista, filho de uma escrava com um português, nome de túnel que liga a zona sul do Rio de Janeiro ao centro/zona norte, e, portanto, símbolo bem representativo da proposta de aliança.
Racismo brasileiro for dummies - sem pejoração e sim como referência à série de publicações que explica quase tudo para todos -, A Última Abolição volta à suposta primeira abolição para mostrar que desde lá a história vem mal contada, não por acaso por brancos. Não é desta vez que isso é totalmente revertido, afinal o longa-metragem não altera as baixíssimas porcentagens a respeito dos lançamentos comerciais comandados por negros, mas há o diagnóstico, os fatos reais, o desafio e a esperança de que o filme atinja muita gente e as influencie. Você piscou e ao fim de 85 minutos no mínimo três jovens negros perderam suas vidas. Entendeu a razão?
A Última Abolição, documentário da diretora estreante Alice Gomes, não é embalado por tais sambas, mas relembra justamente desses três momentos cruciais na trajetória do negro brasileiro, contando com depoimentos de historiadores, sociólogos, juristas, pesquisadores e filósofos para a destruição de dois mitos: o da Princesa Isabel como “A Redentora” e o da democracia racial no Brasil.
Em sua maioria professores, os depoentes apresentam conteúdo que pouca gente teve na escola (apesar da Lei 11.645), explicando como a assinatura da Áurea foi na verdade o fim inevitável de todo um longo processo, agitado também por pensadores e trabalhadores negros esquecidos; cem anos depois a exclusão ainda era norma na sociedade; e em 2018, ainda que tenham ocorrido avanços, o prognóstico e a realidade estão longe do ideal. Pelo contrário. No entanto, a luta, presente desde antes da partida dos primeiros navios negreiros da África, permanece tão forte quanto.
Com Luciana Barreto como entrevistadora e Jeferson De creditado como supervisor artístico, Alice, branca, conclui um discurso convocatório aos seus semelhantes, conclamando pela voz dos especialistas que a luta contra o racismo não seja exclusiva dos negros. A Última Abolição, de fato, nada de novo oferece em termos de informação aos já engajados e vítimas diárias da marginalização motivada pela cor da pele. O berrante rosa preponderante, os desenhos manipulados com direcionamento da atenção, as fotos de Marc Ferrez, as linhas do tempo e os nomes saltando na tela são estratégias de popularização e sedução destinadas a “segurar” os mais desatentos e desinteressados, assim como são bem acessíveis as análises, tanto históricas quanto jurídicas, da injustiça racial que caracteriza a nação.
Isolados em cenários incomodamente desalentadores, com destroços, vazios e pneus, Sueli Carneiro e outros falam contra a invisibilização de guerreiros nem sempre óbvios do passado e fica no ar o desejo de saber mais sobre as mulheres que constam apenas nos registros policiais, por exemplo, ou uma entrada mais a fundo na polêmica questão da reparação da escravidão, ainda que seja compreensível a opção pelo privilégio às lamentáveis estatísticas de hoje.
Partindo da diáspora e chegando na indefinição de futuro vivenciada atualmente, o documentário abre e fecha com o pioneiro André Rebouças, engenheiro, abolicionista, filho de uma escrava com um português, nome de túnel que liga a zona sul do Rio de Janeiro ao centro/zona norte, e, portanto, símbolo bem representativo da proposta de aliança.
Racismo brasileiro for dummies - sem pejoração e sim como referência à série de publicações que explica quase tudo para todos -, A Última Abolição volta à suposta primeira abolição para mostrar que desde lá a história vem mal contada, não por acaso por brancos. Não é desta vez que isso é totalmente revertido, afinal o longa-metragem não altera as baixíssimas porcentagens a respeito dos lançamentos comerciais comandados por negros, mas há o diagnóstico, os fatos reais, o desafio e a esperança de que o filme atinja muita gente e as influencie. Você piscou e ao fim de 85 minutos no mínimo três jovens negros perderam suas vidas. Entendeu a razão?
descrição completa
ASSISTIR ONLINE
TRAILER
O melhor filme do ano
Os últimos Novos Filmes inserido
25.04.2023
Rapito (2023)
25.04.2023
Club Zero (2023)
25.04.2023
La Bête Dans La Jungle (2023)
25.04.2023
Almamula (2023)
25.04.2023
Adentro mío estoy bailando (2023)